sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Construindo a Casa da Mama!
Às vezes cruzamos com histórias que fazem com que paremos e pensemos. A maioria de nós vive em condições dignas: com água, eletricidade, um teto para proteger da chuva e do frio e uma cama para dormir a noite depois de um dia de trabalho, mas sabemos que somos felizardos, nem todos tem esta mesma sorte.

Conheçam a história de Renata Galvão, uma brasileira muito especial que deixou o Brasil " de mala e cuia" e largou tudo para se redescobrir na África do Sul.

O sonho de Renata é poder construir um orfanato, também chamado de Casa da Mama, em uma das regiões mais pobres e violentas da África.

Vamos ajudar a Renata a construir este sonho e acalentar crianças tão especiais e calejadas pela vida tão cedo, que não tem ninguem neste mundo. Não tem não, vamos corrigir isso, que agora tem não só a sua Mama, mas também uma menina tão linda que está dando tudo de si para eles.



"Meu nome é Renata Galvão e eu sou brasileira, jornalista sem diploma (tô quase lá), gaúcha, idealista, fã de Nelson Mandela e inexplicavelmente apaixonada pelo continente africano. No ano de 2011, decidi enfiar um monte de roupas na mala e viajar para a Cidade do Cabo, o pé da grande África. A ideia era ficar quatro meses trabalhando como repórter em uma revista sul-africana (The Big Issue South Africa) e depois voltar para terminar a faculdade. Mas, ignorei a última chamada para embarque e nunca mais voltei. Hoje, me viro nos 30 para pagar aluguel, trabalho como tradutora e jornalista freelancer, estudo Ciências da Comunicação, visito o orfanato Qaqambani todos os finais de semana e sou feliz pra caramba.

A verdade é que eu sempre fui apaixonada pelo continente Áfricano, gosto de gente, gosto de ajudar, gosto de conviver e sentir o povo. Me senti muito em casa aqui, principalmente nas townships sul-africanas. Para tu ter uma ideia, minha festa favorita aqui é uma churrascada coletiva que acontece todos os domingos em Gugulethu, uma das favelas de Cape Town. Todo mundo dança junto e o clima é de curtição mesmo. Amo isso. Além disso, tenho muito fervor por jornalismo e aqui eu escrevo matérias que eu acredito serem importantes. Já escrevi reportagens especiais sobre trabalho escravo, xenofobia, corrupção governamental, preconceito. Para mim ser jornalista é ser um agente de mudanças. Meu lema é: investigar para escrever, escrever para reportar, reportar para divulgar e divulgar para mudar.





Aqui na África do Sul eu me sinto cumprindo, pelo menos um pouquinho, este papel.

Apesar de tudo isso, o maior motivo para eu decidir ficar foi que aqui eu encontrei meu verdadeiro amor: o orfanato de Qaqambani.







 

A primeira vez que eu conheci a Mama eu estava com dor de garanta. Foi em outubro do ano passado, alguns dias depois de eu completar 22 anos de idade e quase um ano de África do Sul. Uma amiga me ligou falando sobre um orfanato em Khayelitsha, segunda maior favela do país. A Lezerine Mashaba é uma sul-africana envolvida com assistência social e identificação de projetos comunitários. Ela precisava de alguém para dirigir com ela até lá. “Sim, vamos!”. E lá fomos nós.





Com mais de 400 mil habitantes, Khayelitsha é considerada a favela que mais cresce atualmente no país. Na década de 50, o governo sul-africano aprovou um dos atos mais racistas da história ao definir onde uma pessoa deveria morar de acordo com sua cor de pele. Nominada como Group Areas Act, a lei fortificou o regime segregacionista do apartheid e expulsou milhares de negros da Cidade do Cabo, que passou a ser uma região formada apenas por brancos. A cerca de 40 km do centro da capital, Khayelitsha foi fundada com um carimbo: “Área para negros”.

No ano de 94, já com Nelson Mandela no poder, a lei de áreas raciais foi derrubada juntamente com o regime do apartheid, mas com anos de desigualdade e segregação nas costas, milhares de pessoas continuaram a viver na região por motivos econômicos e sociais.





Khayelitsha é um nome famoso na África do Sul. Pelo menos uma vez por semana a favela ganha espaço nas manchetes dos jornais mais conceituados do país: “Bebê recém-nascido é encontrado dentro de sacola plástica em Khayelitsha”. “Menor de idade é estuprada por quatros homens em Khayelitsha”. “Drogas e abuso: uma criança sem pais em Khayelitsha”. Entre fontes policiais e pirâmides invertidas que desenrolam as reportagens, se encontram estatísticas: 50 mil crianças são vítimas de crime todos os anos, com estupro constituindo 40% dos casos; mais de 5 milhões de pessoas são infectadas com o vírus da AIDS tornando a África do Sul o país com maior incidência de HIV do mundo; estima-se que 3.7 milhões de crianças são atualmente órfãs no país.
E é aí que entram a Mamas.








As Mamas são mulheres da cultura xhosa que dedicam a vida para cuidar de menores em situações de risco. Reconhecidas pelo governo como organizações não-governamentais, as Mamas abrem a porta de suas casas formando, literalmente, grandes famílias. É uma Mama e um pai (as vezes nenhum) para muitos filhos, alguns de sangue e outros de destino; mas todos igualmente amados por um sistema genuinamente familiar.

A primeira vez que eu conheci a Mama Sylvia eu estava com dor de garanta. Lembro deste fato, aparentemente banal, pois depois de abraços e cumprimentos, Mama tocou de leve a minha testa e me lançou um olhar maternal. “Você esta com febre, meu bebê”, disse em tom de preocupação. Mama me pegou pela mão e abriu espaço na pequena casa de zinco que ela construiu para 18 crianças na região de Harare, em Khayelitsha. Enquanto caminhávamos,  olhinhos brilhantes acompanhavam nossos passos. “Sim, meus amores, a nova amiga esta doente. Vamos cuidar dela”, anunciou em inglês.





Os pequenos apontaram para a única cama de casal do único quarto da casa, é lá onde todos eles dormem. “Deita, meu bebê”, sussurrou Mama.Deitei. Depois disso, ela preparou um remédio natural com ervas e água quente e passou gentilmente em minha testa enquanto um chá de gengibre com mel era preparado na cozinha.
Mama me tratou como filha. Eu, uma estrangeira adulta que ela nunca tinha visto na vida.  Aquele dia eu pude sentir o que uma criança em risco sente ao chegar na casa de Mama Sylvia. Um sorriso acolhedor, um abraço que aperta, uma mulher que desde o primeiro momento já lhe chama de “meu bebê” e novos irmãos e irmãs, que mesmo sem dominar a língua inglesa olhavam para mim, tocavam o meu braço e diziam: “It´s ok”. “Está tudo bem”.






Mais tarde, fui descobrir que Khayelitsha é uma palavra no idioma xhosa que significa “Nova casa”, o nome foi criado pela comunidade e faz referência ao histórico do apartheid e de como a região foi fundada. Para quem conhece a Mama, porém, o nome ganha um significado ainda mais literal.
O orfanato de Qaqambani se tornou a minha Khayelitsha, onde eu encontrei a verdadeira felicidade. Agora, quero ajudar eles da mesma forma que eles me ajudaram a descobrir o que eu chamo de amor incondicional e pleno.


Quero construir uma Khayelitsha para a Mama Sylvia.




A atual moradia do orfanato Qaqambani é precária, pois além de todos terem que dormir em somente um quarto, o material de zinco torna-se extremamente gelado no inverno e é suscetível a enchentes e alagamentos. Além disso, Mama costuma passar as noites em claro para ajudar as crianças que precisam usar os banheiros, pois estão localizados fora da casa.

Por isso, queremos construir uma casa de concreto e com estrutura suficiente para abrigar 13 crianças, a Mama e o seu marido, o Tata.
Para construir a casa, precisamos arrecadar pelo menos R$12.500.

A campanha esta sendo feita no site de crowdfunding http://benfeitoria.com/casapramama, onde podem ser feitas contribuições a partir de R$10. O projeto só será realizado se o valor mínimo for atingido. Caso contrário, a quantia é devolvida aos colaboradores.



Alunos do departamento de arquitetura da Universidade de Cape Town irão fazer o projeto da casa e a construção será realizada com materiais e obreiros da favela local, o que torna o trabalho mais viável financeiramente além de criar oportunidades dentro da própria comunidade.

O objetivo é começar as obras em outubro deste ano para que a Mama receba a nova casa como presente de aniversário, comemorado no dia 25 de dezembro. Queremos que este Natal seja muito especial em Qaqambani, com mais conforto para crianças e principalmente com a certeza de que existem muitas pessoas que acreditam e apostam no futuro delas."

Vamos ajudar a Renata a construir o orfanato da Mama, meninas!

Você pode ajudar doando o que pode, nem que seja $ 10 Reais. De pouquinho em pouquinho chegaremos lá. Que sonho seria proporcionar um lar de verdade para estas crianças passarem o Natal, hein?

E como diz o querido Mandela:

"Sempre parece impossível até alguém conseguir fazer", e tenho certeza que nós conseguiremos ajudar a Renata a construir este lar tão especial para as crianças da África.










Participe deste projeto tão especial clicando aqui.





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Ajude também, não é sempre que podemos transformar um grande sonho em realidade!




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